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terça-feira, 30 de junho de 2020

Foto e Poema de uma Jagunça pequena. Ficção nada científica. Releitura de uma Maria Bonita João

 

Este pequeno poema nasceu de um ensaio de fotos vestida de jagunça, uma brincadeira que eu e uma amiga amada (Bárbara Nunes) fazemos quando temos a felicidade de nos encontrarmos em Barra Grande, litoral do Piauí, como já discorrido em crônicas anteriores.
Durante as fotos, sem querer, me furei em um espinho de cactos. A expressão no rosto é genuína. E como fantasiamos que íamos fazer um filme baseado nas fotos, deixamos o story board brotar em mídias distintas.



In motion... 
A foto vai aparecendo na telona como um recorte de jornal velho e amassado.
Depois de terminado o poema, aparece na foto o carimbo em vermelho de "Procurada". Som de tensão e suspense.
Corta. 


"Jagunça guerreira
Se joga da ribanceira
Abre rasgo com a peixeira
Mata homi de primeira
No entanto, não se engane
Colonia de Pacco Rabane
Não usa pra não espantá
As pretendente formosa
Que gosta de muié cheroza
Com perfume de mungunzá
Não se sabe o que ôve
Um dia assim à noitinha
Um gemido de galinha
Que tá prestes a morrê
A jagunça bem certeira
Arriô as carça ligeira
Pra aliviá a bixiga
sentô sem nem olhá
E furô o furiquinho
Sem sabê que o matinho
No escuro não se via
Era tudo de espinho
Fez cara de morte súbita
E nas perna se borrô
Com rima termina o verso
Que fedeu mais que cocô"